Como a gestão tributária se tornou o pilar de sobrevivência das pequenas empresas

Dados do Sebrae revelam que o Brasil conta com quase 15 milhões de MEIs, mas quase metade fecha as portas por falta de gestão financeira e planejamento tributário. No primeiro trimestre de 2025, 1,4 milhão de novos negócios surgiram, mas muitos não avançam devido a essa lacuna essencial.

Neste cenário, a gestão tributária ganha protagonismo, deixando de ser fardo para se tornar pilar de estabilidade e competitividade. Ao incluir impostos no planejamento financeiro, o empresário zela pela saúde do negócio e garante crescimento sustentável.

O perigo que ameaça metade das MEIs sem gestão tributária

Dados do Sebrae mostram que quase metade dos 15 milhões de MEIs no Brasil encerra as atividades precocemente por falta de gestão tributária e financeira. Destes, muitos sequer conseguem cumprir obrigações básicas, comprometendo o fluxo de caixa e a saúde do negócio.

• Multas e penalidades por atrasos no pagamento
• Descontrole do fluxo de caixa e custos ocultos
• Dificuldade para obter crédito e investir em crescimento

Sem um planejamento tributário eficaz, o imposto deixa de ser parte natural do custo e torna-se um obstáculo. Empresários desinformados não aproveitam benefícios fiscais, pagam a mais e, na prática, operam sem margem para imprevistos, o que torna a empresa muito mais vulnerável a crises e oscilações de mercado.

Impostos como instrumento de competitividade: o novo olhar dos especialistas

Para Azenate Xavier, contadora e fundadora da Azenate Xavier Soluções Contábeis, a visão dos impostos se transforma quando eles são incorporados ao preço de venda desde o início do planejamento. Em vez de um custo imprevisto, os tributos passam a fazer parte da estrutura de custos, garantindo margens reais e evitando surpresas que comprometem o fluxo de caixa.

Ao precificar produtos ou serviços já considerando a carga tributária, o empresário conquista:

• Previsibilidade financeira e controle de custos mais rigoroso
• Margens de lucro ajustadas sem sacrificar a competitividade
• Maior capacidade de investimento em inovação e expansão

Esse novo olhar faz do imposto um aliado estratégico. Tratado como componente natural da operação, o tributo deixa de ser um obstáculo e passa a contribuir para a solidez do negócio, permitindo que a pequena empresa dispute preços de forma equilibrada e sustentável em mercados cada vez mais acirrados.

O tripé essencial: finanças, gestão e tributos para crescer com segurança

Para construir uma base sólida, as pequenas empresas devem atuar de forma integrada nos pilares de finanças, gestão e tributos. Cada elemento do tripé contribui para a perenidade do negócio e abre portas a oportunidades de mercado.

• Finanças: controle rigoroso do fluxo de caixa, planejamento orçamentário e projeções realistas garantem liquidez e capacidade de investimento, evitando surpresas que comprometam as operações.
• Gestão: definição de metas claras, revisão contínua de processos e adoção de boas práticas em governança favorecem a eficiência operacional, a tomada de decisão ágil e a adaptação a mudanças.
• Tributos: planejamento tributário estratégico, escolha do regime adequado e cumprimento das obrigações legais reduzem riscos de multas, liberando recursos para reinvestimento e fortalecendo a credibilidade junto a instituições financeiras e concorrências públicas.

Ao alinhar finanças, gestão e tributos, o empresário eleva sua competitividade, assegura crescimento sustentável e conquista maior facilidade de acesso a crédito e licitações.

Reforma Tributária à vista: como se preparar desde agora

A reforma prevista para 2026–2032 propõe unificar diversos tributos sobre bens e serviços, como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS, em um sistema único de arrecadação. A ideia central é simplificar obrigações acessórias, reduzir a cumulatividade de impostos e adotar a regra de tributação pelo destino. Com isso, estados e municípios compartilharão nova base de apuração e partilha de receitas.

Entre as principais mudanças estão:

• Substituição de PIS/Cofins e IPI por Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
• Fusão de ICMS e ISS em Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) estadual e municipal.
• Adoção da tributação pelo destino, com partilha automática de receitas entre entes federativos.
• Simplificação de obrigações acessórias e digitalização dos processos.

Para antecipar-se e reduzir riscos, as pequenas empresas devem:

• Monitorar cronogramas e debates em órgãos oficiais (Câmara, Senado, Receita Federal).
• Revisar o regime tributário atual e simular cenários com as alíquotas projetadas.
• Atualizar sistemas de gestão (ERP, contabilidade eletrônica e SPED) para novos layouts e regras.
• Treinar equipes internas em classificação fiscal e obediência aos novos prazos e documentos eletrônicos.
• Ajustar políticas de preços incluindo eventuais variações de alíquotas e partilha de receitas.

Essas medidas garantem segurança ao fluxo de caixa, evitam multas por desconhecimento das novas normas e posicionam a empresa de forma competitiva antes mesmo da implementação definitiva da reforma.

Conclusão: conte com a Exatus Soluções Contábeis para otimizar sua gestão tributária

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Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site JC. Para ter acesso à matéria original, acesse Gestão tributária ganha protagonismo e se consolida como pilar de sobrevivência das pequenas empresas