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Transformações no Crédito Tributário com a Reforma Tributária: O Que Esperar?

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Transformações no Crédito Tributário com a Reforma Tributária: O Que Esperar?

A Reforma Tributária, prevista para ser implementada a partir de 2027, trará mudanças significativas no sistema de crédito tributário, com a introdução da não cumulatividade plena, beneficiando empresas de todos os portes. Este novo modelo promete eliminar a complexidade atual, permitindo um aproveitamento mais amplo e eficiente dos créditos. Entre as principais transformações, destaca-se a implementação do IVA dual, com a CBS e o IBS, que unificará a legislação de maneira simplificada e nacional.

Para os prestadores de serviços, estas mudanças representam oportunidades de redução de custos e maior eficiência fiscal. Todavia, a transição exigirá que as empresas reavaliem seus processos contábeis e fiscais. Acompanhe conosco como essas transformações impactarão o cenário tributário e as estratégias que sua empresa pode adotar para se preparar para essa nova realidade.

Reforma Tributária e seu Impacto nos Créditos Tributários

Com a entrada em vigor da Reforma Tributária prevista para 2027, o cenário do crédito tributário no Brasil passará por uma transformação que promete beneficiar significativamente as empresas de todos os setores. As mudanças visam simplificar e ampliar o aproveitamento dos créditos tributários, eliminando a complexidade existente no sistema atual, que muitas vezes impede o pleno direito ao crédito e gera insegurança jurídica. A não cumulatividade plena será uma das principais inovações, garantindo que todas as aquisições de bens e serviços que integram a atividade econômica das empresas possam gerar crédito.

A Reforma introduz o IVA dual, composto pela CBS e pelo IBS, que funcionará em um sistema unificado e simplificado, permitindo que as empresas apurem créditos de forma mais eficiente. O novo modelo prevê a devolução de créditos acumulados em até 60 dias, um avanço significativo comparado ao atual sistema, onde o ressarcimento pode demorar anos, afetando o fluxo de caixa das empresas. Além disso, haverá maior transparência nas cobranças, já que o valor dos tributos será claramente destacado na nota fiscal, trazendo maior visibilidade sobre os encargos pagos. Outra inovação que vale ser destacada é o uso do split payment, uma ferramenta que garante que o pagamento do tributo seja efetuado de forma transparente e ágil, aumentando a segurança na arrecadação.

Portanto, para as empresas, estas mudanças representam uma oportunidade de aumentar a eficiência fiscal e reduzir custos indiretamente associados à carga tributária. Contudo, será crucial preparar-se adequadamente para a transição, revendo contratos e processos internos, e treinando equipes para lidar com o novo modelo tributário. A Reforma Tributária visa não apenas melhorar o ambiente de negócios brasileiro, mas também tornar as empresas mais competitivas no mercado interno e externo.

O que é Crédito Tributário e Sua Importância

Crédito tributário é um mecanismo fundamental no ambiente fiscal das empresas, pois permite abater dos tributos a pagar os valores pagos nas etapas anteriores da cadeia produtiva. Isso é crucial para evitar a “tributação em cascata”, onde impostos incidem repetidamente em cada etapa de produção, inflacionando o custo final dos produtos. No atual cenário brasileiro, a utilização eficaz dos créditos tributários pode ser uma tarefa desafiadora devido à complexidade da legislação, que limita o aproveitamento principalmente por meio de critérios restritivos como o conceito de “insumo.” Além disso, a interpretação sobre quais aquisições geram crédito frequentemente diverge entre tributos como ICMS, PIS e Cofins, configurando um ambiente de insegurança jurídica para as empresas.

Essa complexidade impacta diretamente o fluxo de caixa das organizações, sobretudo para setores industriais e exportadores, que muitas vezes acumulam créditos que não são prontamente reembolsados. A frequente judicialização, causada por disputas interpretativas sobre créditos permitidos, acentua ainda mais essas dificuldades. Portanto, entender e gerenciar corretamente os créditos tributários é essencial para otimizar a carga tributária, garantindo maior previsibilidade financeira e impulsionando a competitividade dos negócios.

Problemas do Sistema Atual de Crédito Tributário

O sistema de crédito tributário atual no Brasil é frequentemente criticado por sua complexidade e fragmentação, resultantes principalmente da variedade de legislações entre os diferentes entes federativos. Empresas de diversas áreas enfrentam desafios significativos ao tentar aproveitar os créditos tributários devido às limitações e incertezas associadas à identificação dos “insumos essenciais”, que são determinantes no cálculo desses créditos. Essa fragmentação gera insegurança jurídica, pois cada tipo de tributo, seja ICMS, PIS ou Cofins, possui regras específicas que nem sempre são claras ou uniformes, levando muitas vezes à judicialização como forma de contestar e buscar ressarcimento.

Além disso, o atual sistema é marcado pela lenta devolução de créditos acumulados, que pode privar as empresas de recursos fundamentais no fluxo de caixa por longos períodos. No cenário tradicional, a burocracia impera, dificultando a restituição célere de valores que poderiam ser reinvestidos ou utilizados em capital de giro. Ao mesmo tempo, a baixa transparência nos procedimentos e a variabilidade na interpretação de normas levam a frequentes disputas legais, prejudicando ainda mais a eficiência operacional das empresas. Essa conjuntura de desafios tem pressionado por mudanças que simplifiquem e uniformizem o processo, de modo a promover um ambiente de negócios mais justo e eficiente fiscalmente.

Inovações e Melhorias Pós-Reforma

A Reforma Tributária, em sua essência, objetiva lapidar as nuances do sistema atual, propondo melhorias que transformem o tratamento dos créditos tributários. Uma das principais novidades é a implementação da não cumulatividade plena, uma característica tradicional dos modelos de IVA, que assegura que quase todas as aquisições ligadas à atividade econômica das empresas gerarão crédito. Essa abordagem almeja eliminar a restrição atual de “insumo essencial” e criar uma base de crédito mais ampla e inclusiva.

Os avanços também englobam a rapidez no ressarcimento dos créditos acumulados. O novo sistema está desenhado para que os créditos sejam devolvidos em até 60 dias, uma reforma crucial que visa reduzir a burocracia e aliviar a pressão financeira sobre as empresas afetadas pela demora nas devoluções tradicionais.

Outro ponto relevante é o fato de que o crédito estará condicionado ao efetivo recolhimento do tributo, ou seja, a simple emissão de nota fiscal não será suficiente para garantia do crédito, induzindo uma reorganização no monitoramento e controle de pagamentos na cadeia produtiva. Essa mudança busca fortalecer a confiança entre empresas e fisco, promovendo uma fiscalização mais justa e eficiente.

Além disso, o novo modelo traz consigo a promessa de maior transparência. Os tributos serão destacados “por fora” das notas fiscais, simplificando a visualização e compreensão dos encargos fiscais. Essa visibilidade acrescida é essencial para elevar a confiança e previsibilidade nas transações empresariais.

A Implementação do ‘Split Payment’

Uma das inovações mais notáveis da Reforma Tributária é a introdução do split payment, ou pagamento fracionado. Essa medida visa assegurar maior controle e transparência no processo de arrecadação tributária, promovendo confiança tanto entre empresas quanto no controle fiscal. No modelo tradicional, a questão da cumulatividade e da devolução de créditos era um entrave significativo, uma vez que o sistema permitia acúmulos indesejados de créditos não utilizados, gerando inseguranças. Com o split payment, o valor referente aos tributos é diretamente separado no momento do pagamento, o que agiliza o processo e reduz a burocracia.

O sistema funciona ao deduzir automaticamente a quantia devida de imposto do total a pagar em transações eletrônicas. Este valor é então direcionado ao governo através de um mecanismo que pode envolver boletos bancários, cartões de crédito ou Pix. Isso não apenas acelera o recolhimento de impostos, mas também mitiga riscos de inadimplência que eram comuns em virtude de lacunas no sistema tradicional. Dessa forma, o split payment reforça um controle mais rigoroso das finanças, garantindo que cada pagamento tributário seja contabilizado de forma adequada.

Por meio dessa implementação tecnológica, espera-se não somente uma maior segurança na arrecadação, mas também a celeridade na restituição de créditos. O split payment pode, portanto, ser visto como um avanço significativo, que busca não apenas modernizar os processos fiscais, mas também melhorar o fluxo de caixa das empresas, ajudando a estabilizar o ambiente de negócios. Simplificando a visualização dos encargos e garantindo que os impostos são pagos de forma eficiente, o sistema promete uma nova era de transparência e eficiência fiscal.

Comparativo: Sistema Atual x Sistema Pós-Reforma

Ao analisar as nuances entre o sistema atual de crédito tributário e o modelo proposto pela Reforma Tributária, algumas diferenças cruciais emergem. A primeira, e talvez mais significativa, é a transição de uma não cumulatividade limitada para uma plena. No sistema vigente, o aproveitamento de créditos é restrito por interpretações sobre “insumos essenciais,” o que frequentemente leva a disputas judiciais. Após a reforma, todas as aquisições necessárias para a atividade empresarial poderão gerar crédito, eliminando a arbitrariedade na definição de “essencialidade.”

  • Fragmentação vs. Unificação: Enquanto o sistema atual apresenta uma legislação fragmentada com regras variadas por tributo (ICMS, PIS, Cofins), a reforma propõe uma legislação unificada nacionalmente, simplificando o arcabouço jurídico.
  • Devolução Lenta vs. Ressarcimento Rápido: A lentidão no ressarcimento de créditos é uma crítica constante do sistema atual, podendo demorar anos. A nova proposta visa agilizar a devolução dos créditos em até 60 dias, aliviando o fluxo de caixa das empresas.
  • Baixa vs. Alta Transparência: No modelo tradicional, os tributos estão embutidos nos preços, obscurecendo a carga tributária para o consumidor. O novo sistema prevê que os tributos sejam destacados “por fora,” aumentando a transparência.
  • Judicialização Frequente vs. Redução de Disputas: O sistema atual é marcado por alta judicialização devido a interpretações diversas sobre créditos. A reforma, com suas regras claras e uniformes, tende a reduzir conflitos legais.

Essas mudanças proporcionam um ambiente tributário mais simples, previsível e transparente, melhorando não apenas a administração fiscal das empresas, mas também promovendo um cenário mais competitivo e justo no mercado interno e externo.

Impactos nas Empresas e na Contabilidade

As transformações propostas pela Reforma Tributária trarão consideráveis repercussões para a contabilidade empresarial, exigindo uma adaptação robusta e estratégica do setor contábil. Com a introdução do novo modelo de crédito tributário baseado na não cumulatividade plena, as empresas deverão revisar integralmente seus procedimentos de apuração e seus sistemas de gestão contábil para garantir o correto aproveitamento dos créditos.

Entre as principais adaptações necessárias estão a reconfiguração dos ERPs e sistemas fiscais, que precisarão incorporar as novas regras de contabilização do crédito, dado que passarão a considerar praticamente todas as aquisições vinculadas à atividade empresarial. A classificação de despesas, que agora podem gerar créditos, também precisará de ajustes, exigindo uma categorização detalhada e precisa que coadune com o novo regime.

Outro ponto crítico será o controle de pagamentos: as empresas deverão assegurar que os tributos sejam efetivamente recolhidos para validar o direito ao crédito, impondo uma nova camada de rastreamento financeiro e obediência normativa. Isso demandará treinamento contínuo das equipes contábeis e fiscais, bem como investimentos em tecnologia para monitorar essas mudanças de modo eficaz.

Concomitantemente, será crucial acompanhar a legislação complementar em desenvolvimento e as diretrizes fiscais associadas aos novos tributos (CBS e IBS). A continuidade dessa atualização normativa é vital para garantir conformidade e otimizar a carga tributária da empresa, reduzindo custos operacionais e aproveitando ao máximo os benefícios oferecidos pela reforma.

Principais Benefícios da Nova Sistemática de Créditos

  • Eficiência Fiscal Aprimorada: A introdução da não cumulatividade plena permitirá que os prestadores de serviços aproveitem mais amplamente os créditos tributários. Essa mudança resultará em uma redução significativa nos custos tributários, permitindo que esses recursos sejam alocados em outras áreas estratégicas do negócio.
  • Maior Previsibilidade e Segurança: Com regras claras e uma legislação unificada, as empresas enfrentarão menos incertezas e disputas jurídicas, resultando em maior previsibilidade financeira. Isso é crucial para o planejamento de longo prazo e para a elaboração de estratégias de crescimento empresarial.
  • Agilidade nos Ressarcimentos: O novo prazo de devolução de créditos em até 60 dias aliviará o fluxo de caixa das empresas, permitindo um melhor gerenciamento dos recursos financeiros. Essa agilidade é um diferencial importante em comparação ao sistema atual, que frequentemente retém créditos por períodos prolongados.
  • Transparência nos Custos: Ao destacar os tributos “por fora” na nota fiscal, a nova sistemática proporciona maior transparência sobre os encargos fiscais pagos. Essa abordagem permite um controle mais rigoroso sobre os custos, aumentando a confiança e a clareza nas relações comerciais.
  • Redução da Carga Tributária: O modelo reestruturado traz menor incidência de tributos acumulados, diminuindo a carga tributária indireta. Essa redução estimula a competitividade dos prestadores de serviços no mercado, possibilitando preços mais atraentes e a expansão das operações.

Preparação e Adaptação para a Transição

Para que empresas e empreendedores possam estar preparados para as novas exigências tributárias decorrentes da Reforma Tributária, é crucial adotar algumas estratégias proativas. Primeiramente, é essencial mapear todos os custos e despesas operacionais que possuam potencial para gerar crédito no novo modelo fiscal. Este levantamento é fundamental para garantir o melhor aproveitamento dos créditos tributários.

Além disso, a reavaliação de contratos com fornecedores é vital. Fique atento às cláusulas de responsabilidade tributária para evitar surpresas desagradáveis e garantir que os créditos sejam devidamente reconhecidos e aproveitados. Paralelamente, promover o treinamento contínuo das equipes contábeis, fiscais e de TI será indispensável para que estejam familiarizados com os novos procedimentos de apuração e controle de créditos e tributos.

Outro passo importante é monitorar a implementação do split payment e das plataformas digitais de arrecadação. Estas tecnologias serão fundamentais para o novo modelo e permitirão aos empreendedores manterem-se atualizados e assegurarem que seus sistemas estão em conformidade com as novas exigências.

Finalmente, acompanhar as atualizações legislativas referentes à Reforma, incluindo o andamento do PLP 108/2024, será essencial para adaptar-se rapidamente às mudanças e maximizar os benefícios fiscais. A preparação prévia e a adaptação contínua serão determinantes para que empresas e empreendedores aproveitem as vantagens fiscais oferecidas pela reforma e se mantenham competitivos no mercado.

Conclusão e Convite para Acompanhamento

Em suma, as mudanças propostas pela Reforma Tributária oferecem um caminho promissor para um ambiente fiscal mais simples e eficiente no Brasil, especialmente para prestadores de serviços. A implementação da não cumulatividade plena e a introdução de ferramentas como o split payment prometem revolucionar a gestão tributária nacional, trazendo mais transparência e agilidade nos processos. Empresas de todos os portes devem perceber uma redução na carga tributária e uma elevação da segurança jurídica, permitindo que concentrem seus esforços no crescimento sustentável de seus negócios. Para não perder nenhuma atualização sobre a Reforma Tributária e continuar aprimorando a gestão tributária da sua empresa, não deixe de acompanhar nosso blog. Estamos comprometidos em fornecer as informações mais atuais e relevantes para apoiar sua empresa em meio a essa transformação significativa no cenário tributário brasileiro. Fique conosco e mantenha-se à frente no competitivo mercado atual!

Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à materia original, acesse Crédito tributário na Reforma Tributária: o que muda?

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